sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Benfica e Braga seguem em frente; Setúbal, Guimarães e Marítimo ficam pelo caminho

Benfica e Braga foram as únicas equipas portuguesas que lograram o apuramento para a fase de grupos da Taça Uefa. O Vitória de Setúbal acabou por ser eliminado, bem como o Marítimo e o Vitória de Guimarães que chegaram a estar muito perto do sonho.
O Benfica recebeu e venceu o Nápoles por 2-0. Depois de perder 3-2 na primeira mão, o Benfica recebeu a equipa italiana e desde o início do jogo tomou conta da partida, com um Nápoles que apenas se limitou a defender e de vez em quando, "piscar o olho" ao contra-ataque. Mas o intervalo chegou com o 0-0 no marcador, que não era nada animador para as hostes portuguesas. De destacar na 1ª parte Yebda, que protagonizou uma excelente exibição, de grande entrega e sacrifício. Chegou então a 2ª parte de novo com um Benfica a dominar o jogo e sem dar oportunidade ao Nápoles de fazer "algo". E por fim, depois de tanto domínio, o Benfica conseguiu chegar ao golo aos 57 minutos: grande corte de Luisão no meio-campo, Katsouranis fica com a bola, desmarca Reyes que recebe de peito e remata para o fundo das redes. Estava assim feito o 1-0. Parecia então que o Nápoles ia acordar mas tal não se verificou, nem mesmo com as substituições que o seu treinador Edoardo Reja efectuou, conseguiu mudar a maneira da sua equipa jogar. O Benfica continuou a atacar e aos 83 minutos sentenciou então o jogo com outro golo: cruzamento muito longo de Reyes, que sobra para Carlos Martins, que olhando para a área decide-se pelo cruzamento, e Nuno Gomes, com um cabeceamento espectacular, faz o 2-0 para o Benfica, e afastando em definitivo a equipa italiana da fase de grupos da Taça Uefa.
De realçar pela positiva a grande exibição do Benfica. É uma equipa em crescendo e que vai mostrando fio de jogo e entrosamento entre os jogadores. De realçar pela negativa o Nápoles, que vinha à Luz "para atacar" segundo palavras do seu treinador e que nada mais fez senão defender.

Já o Braga, que ia jogar à Eslováquia com uma vitória tranquila conquistada em casa por 4-0, foi vencer o Artmedia em Bratislava por 0-2. O Braga mandou no jogo todo, com o Artmedia a dar uma "ar da sua graça" de quando em vez, a colocar o Braga em sentido mas nada mais que isso. Ambos os golos do Braga foram marcador na 1ª parte e por Luís Aguiar: o primeiro resultou de uma grande penalidade, a castigar uma falta do defesa eslovaco sobre Rentería e, na conversão da grande penalidade, Luís Aguiar não desperdiçou e colocou o Braga a vencer; o segundo resultou de um remate de longe do uruguaio que não deu hipóteses ao guarda-redes da casa. O Braga segue assim para a fase de grupos.

Já o Vitória de Setúbal ia jogar com o Heerenveen com um empate de 1-1 na bagagem, que se verificou no jogo disputado no Bonfim, foi à Holanda tentar passar a eliminatória mas não conseguiu, perdendo mesmo o jogo por 5-2. Muitos erros defensivos e os "falhanços" de Carrijo fizeram com que o Setúbal perdesse o jogo por números largos, e que estivesse ao intervalo a perder por 3-0, com os golos da equipa holandesa a pertenceram a Paulo Henrique (6') e Sibon (13' e 24'). Na 2ª parte o Setúbal parecia disputo a mudar alguma coisa mas foi o Heerenveen que voltou a marcar, por intermédio de Elyounoussi (50') e elevando a contagem do marcador para 4-0. Aí o Setúbal acordou e foi para o ataque, e marcou por duas vezes, por intermédio de Bruno Gama aos 57 minutos, que rematou de pé esquerdo para o fundo da baliza holandesa, e depois por Ricardo Chaves aos 64 minutos, que correspondeu da melhor maneira a um cruzamento de Cissokho. Mas mais uma vez, os erros defensivos do Setúbal permitiram mais um golo do Heerenveen, por intermédio de Elyounoussi aos 68 minutos, fixando o marcador em 5-2, e acabando com as esperanças sadinas.

O Vitória de Guimarães sonhava eliminar o Portsmouth da Taça Uefa depois da derrota por 2-0 em Inglaterra, e esteve muito perto de consegui-lo com o resultado a ficar em 2-2, após prolongamento. O Guimarães entrou muito bem na partida e aos 19 minutos chegou mesmo ao golo por Douglas, após um cruzamento da esquerda de Luciano Amaral, o avançado brasileiro recebeu e rematou para o fundo das redes dos ingleses. Este golo empolgou os adeptos do Vitória e os seus jogadores, e aos 32 minutos, João Alves com um pontapé a 35 metros da baliza, e com a ajuda de Desmarets, faz o 2-0 e empata a eliminatória. O resultado não sofreu alterações até final da partida e houve a necessidade de ir a prolongamento. Notou-se então a quebra dos jogadores do Guimarães, em especial de João Alves, que acabou a partida completamente de rastos. O Guimarães chegou a marcar um terceiro golo por Flávio Meireles, mas foi (bem) anulado. Então o Portsmouth, já com o gigante Peter Crouch em campo conseguiu os golos: aos 105 minutos, na resposta ao golo anulado ao Guimarães, num cruzamento para a área Peter Crouch salta com Adrezinho e faz o 2-1; e aos 111 minutos, já com um Guimarães completamente balanceado no ataque, Peter Crouch entrou na área e igualou o marcador a 2-2, e afastando o Guimarães da da fase de grupos da Taça Uefa.

O Marítimo, que ia ao La Mestalla com uma desvantagem de 0-1 na eliminatória, jogou o jogo de igual para igual frente ao Valência, e bem se pode queixar dos roubos a que foi sujeita, tanto no jogo da primeira mão, como neste da segunda. Por incrível que pareça, foi o Marítimo que causou mais perigo no jogo, e chegou mesmo ao golo aos 40 minutos, por intermédio de Marcinho, que desmarcado por Miguelito, faz um chapéu ao guarda-redes do Valência e inaugura o marcador. Um grande golo do jogador maritimista. Na 2ª parte o Valência vinha disposto a mudar o rumo dos acontecimentos, mas foi de novo o Marítimo quem causou perigo, por intermédio de Djalma, que quando tentou colocar em Manu, Ivan Helguera cortou a bola, a bola sobra para o guarda-redes Guaita, que quase a perde para Manu. O jogo parecia bem encaminhado e foi então que aos 78 minutos, Manuel Fernandes cruza para a área onde Del Horno cabeceia para o golo do empate. Algo passiva a defesa do Marítimo na abordagem a este lance. E já nos descontos, o árbitro croata, com um erro incrível, assinala uma falta fantasma sobre David Villa na grande área, e assinala grande penalidade, Na sua conversão, Marcos ainda adivinha o lado mas Villa rematou forte e colocado, dando a volta ao marcador para 2-1, confirmando a eliminação do Marítimo da fase de grupos da Taça Uefa. Mas a equipa portuguesa bem se pode queixar de duas arbitragens escandalosas, tanto na Madeira como em Valência, e que ajudaram ao seu afastamento.

JD

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