quinta-feira, 5 de junho de 2008

Os novos orgãos de comunicação social

Desde já deixem-me que expresse a minha felicidade pelo facto de O mais credível ter tido a amabilidade e gentileza de me ter convidado a participar neste seu novo projecto que tem como base princípios e ideias que me acompanham diariamente na minha vida. Não podia concordar mais que nos dias que correm, é sem dúvida fundamental e inevitável ser credível.

Todos os dias surgem-nos inúmeras informações, ou se preferirem "notícias", totalmente falsas, veiculadas nos meios de comunicação. O que me desagrada mais é o facto de essas mesmas identidades de informação, que possuem estatutos, códigos e regras que inevitavelmente têm que seguir à risca, pois é o seu papel e obrigação como tal, com o objectivo principal de informar o seu público alvo. O que acontece na actualidade é que os meios de comunicação agarram-se imediatamente a questões infundadas, os chamados rumores, sem irem minimamente às fontes nem ao encontro dos protagonistas nem às identidades em questão. Nessas notícias que não passam de especulações falaciosas que só vêm denegrir uma instituição – o jornalismo.

Apelo seriamente à reflexão séria e consciente por parte destes senhores detentores do poder da comunicação, que tanto orgulham-se de informar factos que não passam de rumores ou notícias improvisadas se preferirem, que têm como característica principal, o facto de não possuírem veracidade. De relembrar que uma noticia é a narração de um facto em concreto. O que estamos a assistir é a um crescimento em grande escala de sites e blogues de cariz informativo, dizem eles, que só me vêm me dar razão, dando destaque a noticias que de verdade têm bastante pouco.


Deve-se assim, a meu ver, repensar e reformular as prioridades deste tipo de órgãos de comunicação social emergente no nosso país, mas também no nosso mundo cada vez mais globalizado, onde a principal característica desta nova ocupação jornalística pouco eloquente e séria, dá a oportunidade de até um simples cidadão anónimo, sem qualquer tipo de formação académica para esta função e trabalho, fazer de facto, o papel de um jornalista, que investiu muitos anos a adquirir conhecimentos e ensinamentos para vir mais tarde a aplicá-los no seu meio profissional ao serviço da sociedade.


A conclusão que se pode retirar, é que francamente parece que estamos a ingressar num monopólio sem saída de informação falaciosa e enganadora que só vem desvirtuar o jornalismo em Portugal e desmotivar os aspirantes sérios a esta profissão.

Uma coisa posso-vos garantir – Isto não é Credibilidade.
DJ

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